A legião morta monta do tempo da colonização inicial de Abya-Yala, por volta dos anos 800. Nessa época, existiu algo chamado a Campanha da Integração, que era nada mais que uma tentativa de liberar as rotas entre as cidades já fundadas pelos sum e kazaks.
Nessa época, alguns pequenos exércitos se formaram para levar a cabo a campanha. E alguns huachos se uniram ao destacamento, e foram chamados de Lanceiros Negros.
Para os huachos que foram escravos, lhes foi prometido a liberdade e um pedaço de terra. Aos que se uniram por vontade própria, prometeram glória e muitas riquezas. Alguns líderes revoltosos huachos se juntaram para conseguir financiar sua própria resistência.
lanceiros negros: não apenas a noite fria dos quemqes é um problema. |
Durante a campanha, em dado momento próximo à vitória, graças aos ataques coordenados e certeiros dos Lanceiros Negros, enviaram eles para um local mais alto que chamava muito a atenção, levou algum tempo até que os lanceiros se tocassem que os sums e kazaks os usaram como uma isca. O combate foi desleal, e muitos lanceiros negros pereceram, mas a batalha foi vencida pelos lanceiros restantes.
Com a chegada dos kazaks e sums, na noite extremamente fria, aqueles que não pereceram no combate, pereceram na traição. Por ordem do Earl local, todos foram mortos e seus corpos deixados ali, para o banquete dos corvos em plenos quemqes (pradarias), território huacho por excelência.
Dizem que naquela mesma noite, o General que comandou a traição, faleceu de um mal súbito. O exército foi dizimado dias depois em um acampamento ainda nos quemqes.
Nas noites mais frias, dizem que a legião dos lanceiros negros ainda vaga matando a todos que se aventuram no quemqes. Saem da neblina, e não deixam ninguém vivo para contar a história. Muitos disseram que já escutaram seus cavalos cavalgando e seus gritos de guerra no ermo da noite. Poucos conseguiram vê-los entre as névoas e sobreviveram.
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