terça-feira, 15 de março de 2016

A História de Abya-Yala segundo os Eynehes (cosmologia e mito de criação)

Olá seres humanos

Estou desenvolvendo textos e contos para cada vez deixar mais rico o cenário de Tresmundos, depois planejo juntar todos os artigos interessantes com relação a Tresmundos e montar um libreto em pdf.

De qualquer forma, começo com uma pequena história do continente de Abya-Yala pela visão da cosmologia eynehe. Já foi explicado várias vezes os acontecimentos, mas agora esses mesmos acontecimentos terão uma visão religiosa de um dos grupos mais fortes dos naedjis, descententes diretos do Império da Terra ou Império do Solo (chamado por eles de Pachasuyu ou Império Pacha)

* * *

No  começo de tudo, existia apenas a escuridão e o vazio.

Quando a escuridão se deu conta de sua existência, esse relampejo de sua ideia criou a luz, e então o universo era luz e escuridão.

A matéria foi criada no encontro entre a luz e a escuridão, e eram como bolhas em uma queimadura, algumas explodiam e  criavam matérias menores, e outras apenas pulsavam.

E essas bolhas de matérias se tornaram os planetas e as estrelas.

Então a Luz se fez persona, se chamando Atcha e a escuridão também, se chamando Tchila, e eles criaram três filhos, chamados de atchatchilas (razão provável dos eynehes manterem um sobrenome com a junção dos nomes dos pais): O primeiro era Acn Atchatchila, igual entre os dois, com metade de seu corpo luz e a outra trevas. O segundo foi Aramy Atchatchila, negro como a noite com olhos e boca luminosas. O terceiro então foi Alloc Atchatchila, branco como a neve de pés e mãos negras. Cada um se fez um pouco da imagem de seus pais, mas eles não tinham sexo. Depois disso, Atcha e Tchila seguiram fazendo outros filhos, que se dirigiram às outras bolhas de matéria.

Os três primeiros atchatchilas se dirigiram à matéria mais perfeitamente circular e bela, ainda que somente terra úmida. Então eles, que não tinham sexo, se uniram uma vez apenas e semearam essa matéria e a deram o nome de Pacha.

Pacha é a terra, a mãe, que floresceu e de sua matéria se criaram os campos, as montanhas, os lagos e todas as belezas naturais.

Mas para Pacha poder parir alguém para habitar e cuidar de si e de sua criação, assim como uma mãe velha e cansada, ela precisava da ajuda dos atchatchilas.

Então Acn se fez homem e Pacha se fez mulher e passaram uma noite juntos. Nas outras noites, Aramy e Alloc fizeram o mesmo.

Ilustração: Octaviogfx


Pacha pariu primeiro A Serpente Vermelha. A serpente era imensa e rastejava por todas as partes da terra e nas profundezas das águas. Ela criou todos os seres terrestres e aquáticos, e depois, se fez uma mulher-serpente e foi viver abaixo da Espinha (a Cordilheira de Nubalém).

Pacha depois então pariu a Serpente Azul. Ela era fina e comprida e possuía asas e voava por todas as partes do mundo. criou então os seres alados e de altitude, e depois se fez uma mulher-serpente e foi viver acima da Espinha.

Por último, Pacha pariu o que se chamaria de Ajnas. Sete no total. Eles deveriam povoar o mundo.

O Ajnas eram seres semi-materiais, com grandes poderes, de cinco metros de altura e um terceiro olho localizado em sua nuca. Eles então comeram das frutas, das carnes dos animais e dormiram juntos. Tiveram então sua primeira série de filhos, os Alvr (semelhantes aos elfos), e os ensinaram o fogo e a fala.

Ilustração: Nahar-Doa


Os Alvr então prosperaram, sempre louvando aos Ajnas, que passeavam entre suas cidades e os cuidavam de qualquer mal que poderia surgir de onde a luz e o coração de Pacha não pudesse alcançar em sua criação.

E assim se desenvolveram muito os Alvr, e então resolveram, com orientação dos Ajnas, criar os homens.

E os Alvr criaram os homens, e esses então foram frutos de seu amor. Os Alvr começaram a ensinar os homens assim como os Ajnas os ensinaram, e então os Ajnas não eram mais louvados, pois todo interesse dos Alvr era nos homens.

Os Ajnas então sumiram,e  a proteção deles sumiu, e então as trevas avançaram.

Então os Alvr expulsaram o homens de sua tutela, e rogaram para que os Ajnas voltassem, mas eles não voltaram.

E assim seguiu a história por muitos anos, e o Império de Nisitheil aconteceu, e ao lado dele, o Império Pacha.

O Império de Nisitheil era dos Alvr, construído sobre a mesma cidade que os Ajnas orientaram a eles fazer. O Império Pacha (hoje chamado de Império do Solo ou da Terra) era o Império dos Homens, e foi construído depois da longa viagem que fizeram após serem expulsos de Nisitheil.

Ambos impérios prosperaram, e mal mantinham contato.

Ilustração: Luis Falen


Até que um dia, Nisitheil se corrompeu. Começaram a adorar deuses do submundo, de outros lugares, criados por outros atchatchilas que não os que engravidaram Pacha.

Isso trouxe a fúria de Atcha e Tchila, e Tchila então resfriou uma matéria e Atcha a incendiou, e a jogaram contra Pacha e seus filhos.

Nesse dia, a terra foi acertada por várias bolas de fogo vindas das mãos da Luz e da Escuridão.

Então Pacha caiu semi-morta. Sua beleza não era mais exuberante, ela não dançava mais com Yat (sol) como antes, seus frutos não eram mais tão fáceis de se conseguir. De dentro de Pacha, nos buracos criados pelas bolas de fogo, muitas criaturas horrendas surgiram. Então os homens entenderam que Pacha guardava seus demônios dentro de si, e protegia todos seus filhos com a imensa dor de uma mãe.

Ilustração: Ecoban07


Então, na noite mais longa de todas, o Império do Solo sumiu. Suas construções ficaram lá, inalcançáveis, na Espinha. Mas todos os homens e mulheres pachenses não foram mais vistos. Apenas alguns poucos não sumiram.

Acredita-se que esses que sumiram foram para o reino sagrado dos atchachilas, viver com eles, pois enquanto homens viveram bem e fizeram o certo. Os que ficaram estão sendo punidos, pois tveram em algum momento de sua vida algum pensamento ou atitude de maldade.

Então o Inverno maior de todos os tempos chegou, e os homens agora desceram a montanha e se nomearam naedjis. Àqueles que desceram a montanha são chamados naedjis, mas apenas àqueles que faziam parte do Império do Solo e não foram levados pelos deuses se chamam hoje Eynehes.


* * * 

Eynehe hoje. Ilustração: Rockyon


O povo eynehe hoje, apesar de muito orgulhoso de sua história, é um povo completamente depressivo com relação à seus antecessores, pois foi "culpa" deles de estarem entre os mortais. São extremamente habilidosos em combate, além de terem grandes benefícios espirituais.

Vivem em comunidades semi-nômades, ora vivendo na cordilheira com casas de taipa, ora em ilhas artificiais contruídas por eles nos Grandes Lagos feitas de junco, que são deixadas abandonadas quando estes voltam à cordilheira, e afundam em poucos meses. Existe apenas uma única cidade nos Grandes Lagos que é permanente: Sorut, a Cidade Flutuante (ainda assim a parcela de eynehes vivendo nela é menos da metade). Para um eynehe tradicional, de nada adianta fundar raízes em uma cidade que nunca será tão grandiosa quanto as do Império Pacha.

Todos eynehes conhecem sua história, ela é passada de pai pra filho, e eles não aprendem a ler ou escrever. Para eles, a escrita é sagrada, portanto eles não têm o direito de ter esse aprendizado, já que foram negados da companhia dos deuses. Apenas eynehes desgarrados de suas origens aprender a ler e escrever e usam essa habilidade.

Um eynehe sempre terá uma boa história para se contar de seus heróis, seja de Aplauhata ou de Cometcauhac, heróis lendários do Império Pacha. Sua relação com outros naedjis não é esnobe, mas ainda assim eles demonstram a altivez de imperiais. Com outras raças, ela é neutra, apesar de deterem um certo incômdo na presença de um rus, mas apenas por seu histórico de invasões.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Os testes no novo sistema.

Os testes no novo sistema serão feitos com 3d10 faces, mas o resultado tirado é o do meio.

Porquê?

O arco de resultados de um dado é reto, ou seja, a chance de tirar um resultado 3 ou 7 em 1d10 é igual (10%).

No caso de 3d10, o arco é de 3 a 30, e a chance dos números concentrados no meio saírem é maior, ou seja, é mais fácil tirar um resultado 13 que um resultado 4, por exemplo.

Na rolagem de 3d10 escolhendo o número do meio acontece o mesmo, mas em escala maior. em termos de sistema de jogo, isso possibilita grandes feitos nos acertos e grandes erros nas falhas, já que são mais incomuns que em um d20, por exemplo.

Além disso, temos uma graduação de acerto (meio acerto, acerto comum, bom acerto...)

Como evitar cálculos adicionais de graduação de acerto?

Simples. dos 3 dados de 10 faces rolados, um é diferente (tamanho, cor, cheiro, o que for) e esse será denominado o DADO DE POTÊNCIA.

Após o uso do dado médio, o dado diferenciado mostrará a graduação do acerto, segundo a tabela abaixo:

1 - 4    meio acerto
5 - 8    acerto comum
9 - 15  bom acerto
16+     crítico

Mas como conseguir mais que 10 em um dado de 10?

A primeira chance é ao tirar 0, rerrolar o dado e somar 10.

a segunda, é que ao ter COMPETÊNCIA na área, o resultado do DADO DE POTÊNCIA é dobrado. ou seja, um 8 vira um 16.

Nessas contas, temos a seguinte tabela:

tipo de acerto       sem competência      com competência
meio acerto                     40%                          20%
acerto comum                 40%                          20%  
bom acerto                      15%                          30%  
crítico                                5%                           30%

Assim, a competência numa área gera um benefício interessante, não apenas na maior garantia de um acerto total, como na de um acerto bom ou crítico.

Com isso, em apenas uma rolada de dados, temos o teste e a graduação de sua potência. Isso se aplica ao dano também, que será explicado depois.

Espero que tenham entendido e gostado. Até.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Sobre o Novo Sistema

O novo sistema que será o oficial de Tresmundos, ainda não tem nome, mas tem alguns pontos cruciais:

5 atributos com 3 aspectos cada;
Pontos de Alento (semelhante a inspiração no 5d&d);
Ocupações iniciais e regras para nível 0;
Perícias simplificadas;
Foco nas ações dramáticas, até mesmo no combate.

Até onde testei, o sistema tá ficando redondo. Com alguns diferenciais especiais para "ter razão de existir", e não ser apenas um "d20 com dados de 6 faces" ou "gurps com dados de 20 faces".

Acho que está ficando tão interessante que será possível usá-los em outros sistemas com baixa magia e alta mortalidade.

Mais notícias no decorrer dos tempos.

Caso alguém tenha uma ideia de estrutura de capítulos e queira ajudar, sou grato. tá difícil conseguir organizar todas as ideias num arquivo só =/

A partir da criação do sistema, o Gazetero irá ser direcionado especialmente para ele, mas acredito que dará para fazer bi-sistema.

Por enquanto é só. Até!

segunda-feira, 7 de março de 2016

Retomando as atividades(sqn) + GAZETERO#1!!!!!

Depois de muito muito tempo...

Depois da treta com a postagem anterior...

Depois da loucura da vida contemporânea...

cara, como odeio Roberto Carlos.
Só que não.

(obs.: o só que não é para o "eu voltei", pq eu realmente odeio RC)

A vida anda muito atribulada, muita coisa pra resolver, pouco tempo para pensar.

Então acho que os próximos posts serão meio diretos, pois quando tiver uma folga pequena, irei fazer o máximo de posts q posso e programá-los.

Então aí está: Gazetero#1!!!!!!!!!!

O que é Gazetero????

  Gazetero é uma paródia do Gazetteer, antiga série de livros que se destinavam a explicar uma parte do mundo de Mystara. Aqui      vamos apresentar apenas algumas coisas para enriquecer o cenário de Tresmudos, de forma direta e sem rodeios. 


Baixem, comentem, divulguem, e vamos lá!!!!

Esse material e o #2 são especialmente para D&DNext.