sábado, 21 de dezembro de 2013

Etnias de Tresmundos - Estrangeiros

Lembram-se que eu disse sobre postar agora etnias não-jogáveis? apenas para pdms divertidos e foderosos? pois então aí vai a primeira: os estrangeiros.


Os estrangeiros como são chamados, obviamente não se reconhecem por esse nome. O nome que eles reconhecem para seu povo é Nzumdara, que quer dizer filho de Nzunti(mãe) e Daragô(pai), ambos deuses da religião e criadores do povo do sol; por isso é comum dar os nomes aos filhos uma fusão do nome dos pais.
Povo do sol também é uma forma de se referir aos estrangeiros, pois eles são os únicos que conseguem (ou ao menos os únicos que se têm notícia) viver sob alto calor e ar rarefeito nas terras áridas ao norte do oceano. Além de áridas, as terras são terrivelmente perigosas e selvagens. As cidades se encontram longe da costa, e distante umas das outras.

História
Os nzumdara conseguiram sobreviver às mudanças climáticas que afetaram o mundo, e ainda se adaptar à elas. São uma nação gigantesca, que nem um cidadão nzumdara consegue saber exatamente o tamanho da nação, apenas faz uma vaga ideia dentro de sua vivência e do que escuta de outros. Comerciantes de nascença, muitos deles são mercadores e viajam conhecendo novos povos, fazendo tratados de mercadorias e conhecimento. Essa é apontada como uma das causas de hoje serem a nação mais numerosa, rica e tecnologicamente avançada de toda Tresmundos. Ao viajar ao extremo sul, onde se encontram os povos sum, naedji e outros, os nzumdara foram bem recebidos após demonstrar sua aptidão ao comércio, e hoje, abastece boa parte das cidades com especiarias, animais, entretenimento e outras mercadorias; criando guildas mercantis e tendo um grande controle sobre o capital desse "mundo gelado ao sul".

Aparência
Os nzundara são altos, na média de 1,80 para homens e mulheres, quase do tamanho médio dos sums, mas sendo mais esbeltos e tonificados. Sua pele é muito escura, tendo poucos que possuem a pele de cor canela, que na realidade são de outra civilização que foi incorporada ao império nzumdara. Seus cabelos são crespos e brancos, assim como o pelo corporal, sendo que estes de cor canela podem possuir o resto dos pelos negros. Tanto homens e mulheres de menor poder aquisitivo, costumam raspar os cabelos, enquanto classes mais altas costumam fazer tranças ou deixar grandes "jubas" de cabelo. Ao chegar aos 25 anos, um nzumdara pára imediatamente de envelhecer, e continua com a disposição e a aparência de jovem até o dia de sua morte, que se vier naturalmente ocorre aos 110 anos. São considerados o povo mais belo conhecido, seja pela forma de seus corpos, sua grande intelectualidade ou por sua eterna jovialidade. Costumam usar pedras brilhantes ou jóias como adornos, sejam coladas no corpo ou em piercings ou brincos; alguns usam maquiagem com pó de ouro e prata.

Costumes
Existem muitos costumes nos povos nzumdara, mas os mercadores que chegam até ao sul, normalmente não o demonstram (um de seus ensinamentos como mercantes; não pareça tão diferente de seu cliente), então é comum eles incorporarem os trejeitos, culturas e sotaques da cidade onde trabalham ou das pessoas com quem se relacionam. Possuem um grande prazer pelo novo e desconhecido, não somente por seu valor material, mas também pelo valor simbólico, histórico e afetivo. Como prezam muito o conhecimento, é comum receber deles livros ou histórias como prova de afetividade.

Política
A priori, todas as cidades conhecidas (por falar, nenhum homem do sul - naedji, sum ou furr-uit aguentaria um só dia no calor impenetrável do continente estrangeiro), são espécies de cidades-estado, mas que teoricamente respondem a um poder central, o Império Nzumdara. Como o comércio é muito forte,as cidades-estado vivem sendo visitadas por caravanas de outras cidades, além de enviar suas próprias. Até hoje, ninguém sabe de onde provém as jóias e o ouro esbanjado nos adornos, barcos e roupas dos nzumdara, eles também nunca se prontificaram a responder essa pergunta.
Cada cidade-estado é regida por um bantu, ou seja, um regente local de grande importância, normalmente um grande comerciante ou acadêmico. Naturalmente, antes de se tornar um bantu por sufrágio, o candidato deve ser reconhecido pela sociedade em geral, reconhecido em sua área de atuação mental (não pode ser reconhecido por serviços braçais, por exemplo) e estudar na universidade a carreira de politico bantu. Só depois desse processo ele poderá fazer sua campanha eleitoral. O sufrágio não possui data específica nem a duração no poder, o método é utilizado como disputa, quando o opositor solicita uma competição de votos contra o bantu que está empossado no momento, que deve aceitar ou dar seu cargo. A partir da resposta do desafiado, tem início a época de campanha.

Relações com outras raças
Como já especificado, os nzumdara são extremamente conhecedores da arte do comércio e da negociação (existem até universidades para isso), portanto sua relação com as outras raças é sempre ótima, principalmente que segundo eles, a boa venda é quando você ganha e o cliente também, assim ele irá buscar negociar com você mais vezes. Apesar de todos ainda os nomearem como estrangeiros ou forasteiros, os nzumdara aceitam bem esse apelido.
Sua malícia negociadora é tão grande, que existe um ditado que diz "quando um estrangeiro nasce, ele convence a terra a enterrar o seu e dar-lhe outros dois para enterrar em outro lugar". Enterrar o umbigo é uma referência ao nascimento para quase todas as culturas, a ideia de lugar natal está diretamente relacionada aonde você enterra seu umbigo ao nascer.

Idioma
Originalmente, os nzumdara falam o mbuntu, seu idioma natal, mas como a maioria dos estrangeiros na área de Tresmundos é mercador, é comum ver que eles sabem conversar em vários outros idiomas. Normalmente um mercador fala 3 ou 4 idiomas do continente onde trabalha além de saber alguma coisa de dialetos locais, é impressionante saber que eles possuem estudos nas universidades sobre idiomas, chegando a ter conhecimento até mesmo do ancestral, idioma unificado falado por naedjis e outros povos antigamente. Por isso se desconfia que a primeira chegada dos estrangeiros em Tresmundos teria acontecido muitos séculos atrás.

Combate
Como mercantes, as armas principais são curtas e ágeis, como adagas, espadas curtas e coisas do gênero.  É interessante notar que a forma da forja deles possue todas as lâminas retorcidas, o que faz a arma parecer mais débil, mas na realidade a torna mais mortal e ágil. Os estrangeiros também são reconhecidos por terem grande habilidade militar e tática. As poucas vezes que foram vistos em Tresmundos (sendo a guarda pessoal de alguma figura de alta nobreza nzumdariana), demonstraram tremenda qualidade e disciplina quase como se fossem golens. Notou-se que os olhos desses guerriros não possuíam pupilas e sua íris era branca. Usam armaduras de placas, escudo de corpo e uma espécie de espada curta.

Religião
 A religião se baseia em dois deuses criadores, Nzumti e Daragô. Mas a religião nzumdara é muito mais complexa, e recheada de deuses para cada gesto, evento ou pensamento. Existem os deuses mais conhecidos, que são também os mais poderosos do panteão, enquanto também existem os menores, mais fracos e até mesmo deuses crianças. Seus sacerdotes normalmente dividem-se na forma de exercer a magia a partir do seu deus protetor, mas são mais comuns os oráculos seguidores do deus nfa, e os cirurgiões-sacerdotes (uma espécie de médicos nessa medicina altamente evoluída), seguidores do deus mbarimba.


É isso, gente. Espero que tenham gostado dessa civilização altamente desenvolvida -e como eu disse - que rompe os preconceitos e os estereótipos dos cenários de fantasia no qual me acostumei a jogar. Hasta luego.

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