Mais uma das etnias não-jogáveis. Com vocês os katibos, como são chamados aqueles que um dia fizeram parte do povo élfico. Por uma questão de ser uma etnia especial, o formato de apresentação dela é um pouco diferente.
Antes de começar, uma consideração: Elfos sempre foram usados em cenários de RPG, e querendo ou não, sempre rola em uma mesa alguém que não suporta a ideia de não jogar com elfos ou de existir elfos no mundo de jogo. Pois bem, foi o que aconteceu comigo duas vezes que mestrei o cenário, depois de apresentá-lo como um cenário diferente e tudo mais, mas mesmo assim, não ter anões e hobbits, tudo bem, mas e os elfos?
Resolvi da seguinte forma: As grandes civilizações antigas, em principal Nisitheil, tiveram bom contato com os elfos ou mesmo eram civilizações dos elfos. Eis que, depois de muitas guerras e desentendimentos (será melhor explicado depois, não se preocupem, só não quero alongar demais o post), os elfos que estavam mais próximos do norte fugiram em um combate chave, deixando os elfos das neves completamente enfraquecidos diante tantos ataques. Eis que sobraram alguns elfos apenas, que viviam em pequenas comunidades afastadas das pessoas até a chegada dos Sums.
Quando os sums chegaram, eles eram conhecidos por principalmente caçar elfos para escravizá-los, ainda mais quando patrocinados e sob influência dos kazaks e da religião zristang, ou fehuniana, que os via como almas demoníacas que necessitavam da purificação divina.
Pois bem, todos os último redutos élficos foram destruídos, e os elfos escravizados (em sua maioria as elfas e até mesmo alguns mais jovens), acabando assim quaquer resquício de sua civilização. O processo de escravização de um elfo é um ritual que o transforma de pecador a katibo (palavra antiga para escravo). Esse processo é feito em vários dias, e conta com mutilação das orelhas do elfo, além de normalmente haver também a mutilação do pênis ou do clitoris, e vários rituais de sangramento, além de marcas a ferro com o escrito katibo, fehu, e outras referências; uma tortura que costuma durar dias.
Elfos dos dois gêneros são vendidos como escravos sexuais, e quando não, utiliza-se de uma fachada (como comprar uma katiba para ser serviçal da fazenda, mas usá-la para outros fins também). Normalmente dizem que elfos mais jovens e até crianças são encontradas em prostíbulos mais "sujos" e perigosos. Hoje, o número de elfos vivos é muito pequeno, pois muitos apenas adoecem de algo que não se sabe ao certo e morrem.
Por isso, um escravo elfo, ou katibo, vale muito hoje em dia. Todos aqueles que possuem algum os guarda como um tesouro inimaginável, com medo de roubo. Também existem grupos especializados de aventureiros que rastreiam elfos para tentar encontrar algum novo, o que renderia uma boa grana. Os katibos que se encontram soltos estão ou porque não foram presos ainda (acredita-se que exista menos de 10 em todo Tresmundos) ou porque fugiram, o que é mais comum.
Assim resolvi meu problema com meus jogadores: apesar de ter colocado os elfos tão poderosos ou mais do que os da Terramédia, coloquei essa extrema desvantagem para os jogadores: caso tenham passado pelo processo de katibo, poderiam se comunicar verbalmente (não sabendo escrever nesse idioma) com os outros personagens e caso sejam "selvagens" não poderiam se comunicar com palavras. Além disso, em ambos os casos seriam caçados a todo momento, as orelhas ou as marcas uma hora ou outra entregariam; além de ter de confiar naquele ladrão do grupo que tem seus olhos virando cifrão a cada vez que te olha.
Bom, pessoal, resumi aí a situação dos elfos, ou melhor, katibos, e espero que tenham gostado. Tresmundos está bombando!
Ps.: caso você jogue esse cenário antes de eu conseguir soltar algum pdf, não use nenhuma classe para o katibo, no caso de um retroclone ad&d, pode-se usar a classe ladrão mas sem as habilidaeds de ladrão, apenas usando no. de perícias, tac0, pv, xp, etc.
ps2: mesmo com tantas restrições, não é tão bom ter um katibo como personagem jogador. A chance de ele ser capturado é muito alta, além de limitar muito o grupo.