sábado, 6 de julho de 2013

Reflexões sobre o Old School

Já li e reli blogs que falavam sobre o tal rpg "old school", "velha escola", "antigua escuela", etc. Para mim, o nome é bem divertido, e refelte as maneiras de se jogar o rpg livremente. Mas isso se restringe à roladas d20 e CA negativa?
Com o meu novo fascínio por Dungeon World, entendi que o old school está na forma livre de se jogar, de preferência sem tabuleiros, ou se jogamos com, nada de ficar calculando quadradinhos de área de magia. O nosso jogo de interpretação, apesar de nascer em um jogo de estratégia, seu modelo old school é baseado na interpretação, narrativa dinâmica e diversão.
Talvez lembremos essa forma de jogar relacionando-a ao D&D, como no meu caso. Mas isso se deve, porque em certas campanhas ou antes mesmo de eu entender todas as regras, eu dava maior valor à dinâmica de um combate, ou ao terror face um monstro ancestral; o que sumiu depois que entendi regras e se criaram regras para dar dinâmica ao combate  e ter terror face um monstro ancestral, que de tâo engessadas, acabavam deixando o jogo completamente lento e uma orgia matemática feita com dados.
Mestrando o Dungeon World, eu revisitei isso, fiz questão de entender o livro por uma leitura não-linear e transformei parte das regras como me convinha no momento. O resultado, foi um jogo dinâmico, onde as resoluções de problemas são feitas de forma simples e direta. Essa experiência para mim, se igualou a de uma vez, que mestrei pra um par de amigos um combate contra um dragão branco, lembrada até hoje quando o tema vem a tona em alguma mesa de bar (na época éramos pirralhos e somente nossos personagens bebiam como condenados. Já hoje...)
A conclusão que tiro então do old school é essa forma descontraída de se jogar, onde não há esse medo de errar nas regras, pois elas devem se arrumar de acordo com o seu jogo e não ao contrário. Você pode alcançar isso com qualquer sistema, até o mais detalhista-chato-novaondadoverão (vc sabe que quarta edição digo), caso você resolva esquecer de boa parte das regras e mandar ver na narrativa.

Até

Ciranda de Blogs - Tema de Julho: Robôs Gigantes - A Saga do Mago-Golem


Entrando agora nessa super ideia do Diogo Nogueira (que nome de sambista), a Ciranda de Blogs deste mês é sobre robôs gigantes! E nada melhor que um robô-golem no melhor estilo ghost in the shell para adaptar à uma campanha de fantasia!


"Há muito tempo, existe a lenda do mago que se tornou golem. Seu nome era Restadorr, e essa é sua saga, assim dizem.
Restadorr vivia ficava além dos campos gelados de Lammnor, e pesquisava por anos melhorias mágicas para seus golems. Ele tinha descoberto uma mina de outro para construtores, um antigo templo com esculturas antigas de senhores antigos sob uma das montanhas da Cordilheira.
Restadorr os animou com um único objetivo: entalhar uma grande escultura para que ele pudesse transferir sua essência e assim poder se tornar um golem com uma mente humana. Ele fez vários experimentos, mas nunca conseguia construir um golem que pudesse entrar e que não o sufocasse e além disso que não tivesse de ter seus movimentos completamente comandados por magia.
Até que o mago encontrou algo em suas escavações: um formato de rocha poroso, suave ao toque e leve em peso mas rijo em consistência, que ele nomeou “rocha viva”, e com esse material ele foi capaz de desenvolver um golem gigante, onde havia uma espécie de cabine onde ele poderia ficar e controlar o construto, além de poder respirar na cabine fechada e mover boa parte do golem sem a necessidade de usar magias, somente com o movimento de seu corpo dentro do próprio golem.
Restadorr então conseguiu ter a força e o poder de destruição de um golem e ainda aproveitar de sua mente humana e seus poderes mágicos. E então ele se empreendeu em uma nova jornada, escavou as bases da montanha milenar por anos buscando encontrar mais da “rocha viva”, e assim foi por muitos anos.
O mago não se cansava e quase não saía de dentro de seu golem, que aos poucos foi diminuindo o espaço de sua cabine, mas o mago não se importava, pois podia respirar através da rocha sem nenhum esforço. Dizem que Restadorr não saiu mais de dentro do golem e ele e o golem se tornaram um apenas. Assim, o agora golem-mago continuou escavando e guardando o que encontrava de “rocha-viva”, mas escavou tanto que as bases da montanha cederam e soterraram ao mago-golem e seu exército golem.
Contam que desta vez o golem-mago não morreu, e ao acordar do choque, continuou seu trabalho, criando um grande complexo de túneis abaixo da montanha que de anos em anos, desaba. E ele têm que começar tudo de novo."


Até!